Hoje fui sozinha ao cinema, como muitas tardes o fiz quando trabalhava por turnos e percebi que já tinha saudades de estar assim, quieta, entre imagens e palavras, envolta pela tela grande, no escuro, com as letras que consigo ler sem óculos, sem o mundo lá fora.
Fui um pouco a medo na escolha do filme, seria uma história recheada de pequenos detalhes com os quais convivi tantos anos, histórias feitas de retalhos, de quem cresce assim, sem um começo, com a incerteza de um fim.
Sorri, acreditei outra vez em finais felizes, como já não acreditava desde que passei pelas histórias dos outros, que não têm uma vida com um final feliz. Voltei a acreditar nos outros que cuidam apenas por amor, sem restrições, com o coração aberto.
Entendi que quero voltar a fazer alguma coisa, que tenho outra vez energia para continuar a bater na mesma tecla vezes sem fim, que o nosso grande investimento que tão poucas vezes tem um mínimo resultado, que as expectativas, que o querer dar, que o acreditar, ainda fazem parte de mim. O próximo post, uma surpresa para mim mesma!
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