Pois isto é assim meus queridos, a menina vai acreditando em histórias cor-de-rosa porque vocês, famílias bonitas de postal, alegres e felizes, me vão dando lenha para alimentar essa fogueira. Por isso, deixem-se de tretas que já estou a começar a ficar arreliada! Tenho dito!
2 comentários:
Não te arrelies!
Um postal é isso mesmo, um momento; ninguém te há-de ter dito que uma família alegre e feliz não tem os seus momentos tristes e cinzentos, apenas evitam fazer deles um postal (acho que é com medo de contagiar os que estão à volta… mas não tenho a certeza). As angústias, quando ultrapassadas, têm o condão de uma experiência de laboratório falhada: fazes o caminho de regresso, exactamente até ao ponto em que sabes que tudo correu bem, e é daí que inicias nova caminhada; para ser garantido apenas duas premissas: estares verdadeiramente certa do erro e os estragos não terem inviabilizado o teu laboratório.
Agora as histórias cor-de-rosas são fantásticas, mais uma vez podem ser comparadas à vida em laboratório, é aquela altura em que misturas porque misturas, sem nexo nem preocupação, apenas feeling e o querer fazer assim porque sim, mas miúda, não duram para sempre. Família é como a vida da borboleta ao contrário, começa por voar por campos floridos (as tuas histórias cor-de-rosa) mas se sobreviver vai passar à fase casulo, e é ai que nasce a família, com dias ora solarengos ora chuvosos, sempre com o intuito que o casulo se mantenha por longo tempo, e que a cada experiência falhada, no caminho de regresso, consigas protegê-lo com mais uma camada. (Eu sei que ainda à as larvas e os ovos, mas para o caso não interessa nada)
Bem, moral da história, tudo no seu lugar e no seu tempo, devemos viver as histórias cor-de-rosa, construir casulos e, se necessário, romper com eles e repetir todo o processo, sempre com o mesmo princípio: fiéis a nós e à nossa felicidade!
PS. Sim, eu sei, mais fácil escrever que fazer…
Ninguém te engana se tu não deixares!! ;)
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