terça-feira, 9 de novembro de 2010

E já só faltam 8 meses...

Nós já te amamos, estamos felizes por ti, pela sorte de ires nascer no meio de uma família cheia de amor para te dar, por sermos dessa família, pelos teus pais, pelos teus avós que já devem estar a imaginar os milhares de sapatos que te vão comprar e fazer (sim a tua avó pensava que o teu irmão ia nascer uma centopeia), pelo teu irmão que irá aprender a dividir, por nós que vamos ficar mais cheios e será sempre a somar alegrias.

Daqui a uns anos vou-te dizer o quanto estava feliz no casamento dos teus pais, o quanto dancei com a tua bisavó que irradiava felicidade, ter estado junto dos teus pais enquanto faziam a sessão fotográfica do casal apaixonado (bahhhhhhhh), que estava lá quando começaram a namorar, que fiquei uma semana amuada com a tua mãe com ciúmes, como eram boas as nossas férias e finais de ano a comer sapateira (outros a tocarem a bruxa), como o teu irmão era lindo acabado de nascer, o quanto é bom ir a tua casa e sentir que estou na minha casa e comer frango assado...daqui a uns anos vou-te dizer o quanto fiquei feliz pela notícia da tua vinda.

Agora é só aguentar 8 meses para te sentir nos braços e mimar muito a tua mãe (e o teu pai coitado, diz que pode ter ciúmes e tem uma barriga já para lá de 20 meses)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nunca fechei bem os ciclos, deixo sempre pontas soltas, questões por resolver, tenho medo de me arrepender e é a forma que tenho de ter planos de segurança alternativos, poder voltar atrás, deixar sempre portas entreabertas. Depois há toda a inquietude que daí advém. Ando aos tiros aos meus fantasmas, a mostrar-lhes o "caminho para a luz", a pedir que não voltem porque eu não os vejo. E sinto-me livre de um peso de anos de sombras...



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carta aos que me andam a enganar.

Pois isto é assim meus queridos, a menina vai acreditando em histórias cor-de-rosa porque vocês, famílias bonitas de postal, alegres e felizes, me vão dando lenha para alimentar essa fogueira. Por isso, deixem-se de tretas que já estou a começar a ficar arreliada! Tenho dito!

sábado, 16 de outubro de 2010

"Neste quarto o tempo é medo e medo faz-nos sós"

o meu amigo do telefone (de sempre e para sempre)

"Tem cuidado contigo, perdeste o direito de te "estampares"..."

(desculpa a transcrição)

Também te amo muito.

Só uma palavra, o silêncio só pedia uma palavra para não ficar o vazio. Era um gesto, só um. Só um olhar, daqueles que não foge. Era só qualquer coisa...mas não este branco que fere e roí. Depois amanhã passa, como sempre.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vem comigo para Angola (em jeito de telegrama)

já não vou viver para Angola. o nome do blog não mudará, porque não faria sentido. as palavras não fluem muito naturalmente quando se toca neste assunto. há fins que são sempre um novo principio. custa fechar portas. estou à espera, com grande optimismo, que se abram várias janelas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Já não me assustas, não antecipas em ti a angústia dos dias frios, do céu sem o brilho, do corpo sem calor. Trazes novos dias, novas memórias boas a serem construídas, farei de ti o melhor Outono a ser lembrado, aquele para todo o sempre.

Este Outono já cheira a bolos quentes, copos de vinho tinto, conversas à lareira (mesmo sem lareira), danças ao som das músicas de Verão para aquecer o corpo e sorrir, castanhas assadas com sal grosso até os lábios ficarem gretados, chocolate quente, pic nic ou brunch ao domingo conforme se te amigas da chuva ou não, jantares que se prolongam nas horas, correrias atrás da minha princesa e saber que andará sempre ao meu lado.

Vou matar-te o vazio como matei o dos domingos, encher-te de mim nos silêncios merecidos, passar por ti e fazer do amarelo das tuas folhas todo o colorido do arco-íris.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Nesta conversa não entram cigarros, copos de vinho, paso doble ou intervenções celestiais, nem músicas de fundo para aliviar a tensão, nem tu podes cantar na tentativa de desviares as atenções ou assobiares para o lado como se não fosse contigo. Porque agora e como nunca, é contigo, connosco, com tudo o que passámos e deixas cair por entre os dedos. Agora agarra de uma vez por todas os contornos que traças a giz branco no chão, guarda-os como fantasmas...melhor, guarda-os onde quiseres, faz como entenderes...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ando a sarar as feridas cedo demais...

Há duas semanas magoei-me, quando o faço as feridas assumem todo o seu esplendor. Ficam com um ar ruim, dos que fazem perguntar: o que se passou contigo? Se é para fazer uma ferida que me deixe em carne viva, com sangue, coisas a sair lá de dentro, ossos a descoberto se for preciso...e não sou das que passam Betadine, cicatrizantes e coisas do gênero, é deixar ao ar e deixar passar.

Deixar ao ar, exposta, perto da vista dos que me cruzam e principalmente da minha para me lembrar.

Há duas semanas magoei-me e fiz uma ferida, hoje apenas uma mancha menos bronzeada, vai-me acompanhar o inverno todo e para ela vou olhar e sorrir, porque já não é uma ferida.

As marcas que trago comigo de todas as feridas que sararam fazem-me pensar que as curo rápido demais. O meu processo de cicatrização é estridente, rápido e eficaz. O que me magoa rapidamente passa a ser uma pequena mancha deslavada num qualquer pedaço de corpo.

Hoje lembrei-me que há uns meses pensava que era incapaz de tatuar o meu corpo, marcá-lo para sempre, porque não acredito em nada para sempre... Hoje decidi que o vou fazer, vou tatuar o meu corpo para me lembrar sempre que há coisas que não podem sarar, que tenho de deixar de fazer feridas pelo meu corpo, mas sim marcas boas, que também elas me façam sorrir, mas sem magoar!

Esqueço-te

Tenho a sensação que deixei qualquer coisa ao lume antes de sair de casa, fechar a porta à chave, descer o elevador directamente para a garagem, porque gosto de entrar no mundo pela manhã de mansinho, o confronto directo com o que se passa lá fora choca-me, nada como entrar de carro num dia novo, pelas portas dos fundos... Estava a dizer, esqueci-me mais uma vez, sim já sei. Já fazia a curva mais apertada antes da recta sempre a direito e tive aquela impressão de que me tinha esquecido de alguma coisa e volto tudo atrás. Tenho esse hábito, devem ter todos mas faço dele só meu, repito todos os movimentos, acções, palavras para trazer de volta o que foi esquecido, é a minha estratégia. Neste caso mais necessidade, se não voltasse atrás corria o risco de ter um incêndio em casa, era só o arroz para o jantar da miúda.

Agora vou fechar os olhos e colocar aquela música que me faz lembrar... Bolas, quem?!?! Já sei, como é obvio, não vou voltar atrás e repetir tudo, lembrei-me que era de ti que me devia esquecer, volto a aconchegar-me e esqueço-te.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Parabéns Princesa Pestanuda!




Tenho o coração apertado de tanta emoção quando olho para ti e vejo o quanto cresceste este ano e o quanto nos encheste a vida. Amor que cresce diariamente enquanto me ensinas a cuidar de ti e como deixar de ser só eu.

Olho para trás, revejo as fotos que eternizam os teus momentos, com a família, com os amigos, as tuas primeiras aventuras nesta descoberta do Mundo e sorrio muito. Quero dizer-te o quanto és especial para todos, mas acho que o sentes pela forma bonita como encaras tudo o que te rodeia, com um sorriso pronto, um esticar de braço, um abraço.

Amo-te pela forma livre como andas pela vida, sem pressas, com prazer visível nos teus olhos de princesa pestanuda cor de tudo o que é mais bonito. Amo-te porque em ti revejo o que há de bom nas pessoas da nossa família e dos nossos amigos. Amo-te porque és igual a ti.

Este ano correu, tive a oportunidade de andar pelos dias sempre ao teu lado, tivemos esse privilégio porque o pai esteve ao nosso lado e nos permitiu vivermos estes momentos. És a força para o pai estar longe pensando num futuro melhor para ti.

Tornaste-te a "bruxinha" da avó, a nova princesa do avô (embora a mãe saiba que é a número um), a alegria de viver dos bisavós, o motivo para o tio não sair no Algarve à noite e vir visitar-te muitas vezes, a fonte de sorrisos dos nossos amigos, motivo de reencontro de muitos.

És uma estrelinha na vida de muita gente e eu estou tão feliz por existires que só me apetece gritar ao mundo o quão linda és, por dentro e por fora.

Cantava-te esta música nos teu primeiros meses de vida, pode ser foleirinha, mas diz tudo o que quero dizer neste momento.

Todos os dias na nossa vida quero te dizer o quanto te amo minha filha.

Amo tracinho te.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Aos meus amigos.

Porque hoje acordei assim, a pensar o como tenho a maior sorte do mundo em ter os melhores amigos, podia dizer que são poucos e ficava bem, pelo menos as vedetas dizem sempre que têm poucos amigos, bons, mas poucos.

Eu tenho muitos bons amigos, amigos família de sangue, amigos família de coração, amigos irmãos, amigos presentes, amigos ausentes mas sempre presentes, novos amigos...eu tenho casas cheias para me receber, braços abertos a mim e à minha filha, tenho os melhores sorrisos e as memórias de tempos felizes. Tempos que ainda se constroem diariamente. Histórias felizes de partilha e de reconhecimento, onde só há sentimentos bons.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sou canhota, torta, trocada, baralhada, cansa tanto... já estava na hora de não intensificar demasiado e de parar de bater as asas só porque tenho de ser livre, prender-me...

I'd rather be the dust of the road
And trampled on by the feet of the poor . . .

I'd rather be the rivers that flow
And have washerwomen along my shore . . .

I'd rather be the poplars next to the river
With only sky above and water below . . .

I'd rather be the miller's donkey
And have him beat me and care for me . . .

Rather this than go through life
Always looking back and feeling regret . . .

Fernando Pessoa

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ainda sobre as cartas de amor...

...eu sou cada vez mais contra as sms, estou cansada e acho que é a pior invenção do Mundo. Dizem-se coisas que muitas vezes não teríamos coragem de dizer nos olhos, perdem-se momentos de cumplicidade, de raiva, de luto, de paixão, perdem-se conversas prolongadas pelo prazer de se ouvir. Os silêncios da ausência de respostas consomem-nos a alma e angustiam de forma doentia, desmarcam-se acontecimentos que deviam existir no compasso de uma espera que nunca encontra o que realmente viria.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cartas de Amor






CARTA A OFÉLIA QUEIRÓS - 27 DE ABRIL DE 1920

Meu Be«be»zinho lindo:

Não imaginas a graça que te achei hoje á janella da casa de tua irmã! Ainda bem que estavas alegre e que mostraste prazer em me ver (Álvaro de Campos).

Tenho estado muito triste, e além d'isso muito cansado - triste não só por te não poder ver, como também pelas complicações que outras pessoas teem interposto no nosso caminho. Chego a crer que a influência constante, insistente, hábil d'essas pessoas; não ralhando contigo, não se oppondo de modo evidente, mas trabalhando lentamente sobre o teu espírito, venha a levar-te finalmente a não gostar de mim. Sinto-me já differente; já não és a mesma que eras no escriptorio. Não digo que tu própria tenhas dado por isso; mas dei eu, ou, pelo menos, julguei dar por isso. Oxalá me tenha enganado...

Olha, filhinha: não vejo nada claro no futuro. Quero dizer: não vejo o que vãe haver, ou o que vãe ser de nós, dado, de mais a mais, o teu feitio de cederes a todas as influencias de familia, e de em tudo seres de uma opinião contraria á minha. No escriptorio eras mais dócil, mais meiga, mais amorável.

Enfim...

Amanhã passo á mesma hora no Largo de Camões. Poderás tu apparecer à janella?

Sempre e muito teu

assinatura de Fernando Pessoa














































Eu queria ser do tempo em que se escreviam cartas de amor, assinadas a punho, com canetas das que borram nas mão. Passar horas à janela à espera de ver o meu amor, trocar um sorriso, um pequeno aceno e levar o coração cheio para os meus sonhos. Noites onde pouco ou nada era permitido, mas muitas vezes acontecia na mesma, entre fugas tardias por escadotes encostados às paredes carregadas de heras e buganvílias. Queria as conversas sussurradas ao ouvido das amigas e as horas perdidas com o diário. Os sonhos trabalhados em planos a dois, as fotografias a preto e branco, o anel de prometida. Eu queria acreditar num amor para toda a vida, numa família a crescer e numa morte serena. E palavras escritas para sempre, eu queria as palavras...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu gostava...

...de continuar a acreditar nas pessoas e que a vida não fosse um jogo onde eu sou sempre o peão que é comido no inicio. Que os que abraço e deixo entrar no meu mundo não se revelassem o que na verdade são, melhor, gostava de não ver e de continuar na minha ingenuidade a pensar que sou a rainha a mover-me nos meus passos desdobrados.

...de não ser tão sensível ao mundo em meu redor, deixar de apanhar as sensações que andam no ar e viver no meu casulo apertado, onde não entram as coisas más. Não sentir o que sinto, que me angústia até ao mais fundo de mim e me traz as lembranças do que fui e não quero ser.

...de voltar à Terra...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Viva la España!

Fico contente por Espanha ter ganho, gosto do país, das pessoas, da língua, da comida, da vida das suas ruas, do sossego à hora da siesta, gosto de todas as boas recordações que trago das várias viagens que por lá fiz. As férias em família, com amigos família, com amigos, a dois. Tenho sangue espanhol, no meio de tantos outros cruzados.

Falávamos de Almodóvar e dos seus filmes, esses fazem parte da minha vida, as suas histórias cheias de tudo, que me fazem rir e chorar, prendem-me e deixam-me rever e rever, sempre. As músicas, sempre as músicas...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parabéns minha querida!

Eu tenho a maior sorte do Mundo em ser tua amiga. Tenho os teus sorrisos, as tuas gargalhadas, o amor pela minha filha, as tuas histórias, o teu tempo, os teus conselhos, o teu ombro, as nossas danças e tudo, tudo o que é tão bom partilhar contigo.

Gosto de ti milhões, "faz tão bem saber com quem contar"...

Parabéns e para o ano tem de haver festa!!!

Amo tracinho te

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Passou a nuvem negra...

Eu sabia que a culpa era de alguém, neste caso de alguma coisa, foi mesmo o #$%&# do vulcão lá da Islândia que tem nome de espirro. As coisas boas demoram, tardam, mas chegam sempre. A nuvem negra levantou e está na hora de respirar fundo e avançar, mesmo que o ar esteja quente. Agora sossegadita e nada de erupções vulcânicas ou afins!

As crianças dizem sempre a verdade...

"Pareces uma adolescente, para aí com uns 17 anos"

domingo, 4 de julho de 2010

os domingos por mais doces que sejam deixam-me sempre um amargo de boca

Quero que você se TOP TOP TOP!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Trago a vida presa por uma trela.

- Não te cansa essa tua inquietude? Escuta-me. Já te disse para parares um minuto! Não há razão para isso. Deita-te e deixa-te cair nos meus braços até ser outro dia. Eu dou-te a segurança que estas horas precisam e se tu fechares os olhos vais ver que tudo pára lá fora. Prometo que será tudo sincero, deixemos-nos cair neste precipício a pique, mas juntos. Não quero que me digas nada, a tua vida deixa-a presa por uma trela no poste à porta da minha casa, não foge. Se vais começar a chorar é bom que vás para a casa de banho porque não gosto de confrontos com sentimentos. Gosto muito de ti, mas só de vez em quando, um pouco, o suficiente para te querer prender, o insuficiente para te querer ter. Quero-te neste limbo o tempo que durar. Não sei pelo que esperas, os lençóis ainda são os mesmos da outra noite e a porta está aberta.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Se eu fechar os olhos com muita força, repetir várias vezes o meu desejo até à exaustão dos manda chuvas lá de cima, realiza-se?

Não danço o Tango

O soalho de carvalho escuro está marcado pelos gestos que se repetiram noites e noites a fio. Os copos vazios e o cheiro a pavio queimado anunciam o fim do entrelaçar dos corpos. Os cinzeiros que não despejo trazem em si os beijos que quiseram ser roubados. E o som repete-se no gira-discos riscado lembrando-nos das viagens que nunca fizemos.

Eras a minha história mais triste de amor. Por isso, não danço o Tango.

Hakuna Matata

Agora estou no estado HAKUNA MATATA, eu e o meu leãozinho cá de casa!

Dançar, dançar e dançar...


"A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal."
(George Bernard Shaw)



Não podia acabar o dia com palavras amargas...

...porque hoje foi doce.

Hoje a minha filha fez 11 meses (ontem porque passa da meia noite), partilhámos o dia com pessoas de quem gostamos muito, em almoços, lanches e jantares. Entre risos e conversas serenas. E sentimos saudades como já não sentíamos há muito tempo.

"A vida resolve-se sozinha".

E o que me enche ainda mais é saber que amanhã ainda há mais, partilharemos com família, amigos e tudo, tudo, tudo, o que temos direito.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Me deixa em PAZ!

"As placas do transito são definitivas, ou você pode, ou você não pode.
As cores do transito são definitivas, ou você pode, ou não pode, ou pelo menos você tem de ficar atento.
E eu percebi que eu estava vivendo um momento semelhante e que a minha vida se tinha tornado num colossal engarrafamento. E por estranha casualidade não por minha vontade!"
Elis Regina

Efeito Permanente


há largos anos, talvez não tão largos assim, a preparar-me para fumar um cachimbo de água parti o recipiente de barro onde se coloca o tabaco. posto isto, qual Einstein, fui ao supermercado comprar super cola 3 e voltei a juntar os caos e finalmente fumei. não vou comentar os efeitos... acho que tenho de deitar o cachimbo de água fora!

11 meses

Até gosto de ti quando fazes birras, quando queres dormir e insistes em deixar os olhos abertos, quando cospes a comida para cima da minha roupa acabada de lavar, quando mexes nos cabos e me desligas a internet, quando te atiras de cabeça do meu colo para o chão (atenção que nunca a deixei mesmo cair), quando me dás pontapés no estômago (SEMPRE) que te mudo a fralda, quando só queres brincar com tudo o que não são os teus brinquedos, quando abraças e beijas outra pessoa e olhas para mim com aquele olhar: "vês, gosto mais do que de ti", quando o teu maior amor continua a ser o gato...

Isto não para de crescer e não sei onde vai parar...agora não posso gastar as palavras que para o mês é que é!!!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Porque hoje é o teu dia e muitas vezes as tuas palavras me encheram!


Vida...
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...
Poque cada pessoa é única para nós, e nenhuma substitui a outra...
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só...
Levam um pouco de nós mesmos e deixam um pouco de si mesmos.
Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito, mas não há os que não deixam nada.
Esta é a mais bela realidade da vida... A prova tremenda de que cada um é importante e que ninguém se aproxima do outro por acaso!

Antoine De Saint-Exupery


Cortar o mal pela raiz!


às vezes a solução está num gesto simples


Os Signos é que têm a culpa!

Agora misturando tudo, em conversas cruzadas, que me ficaram a martelar a cabeça, não muito porque dormia atá amanhã se fosse preciso, confirma-se que sou Peixes e ascendente de Peixes. Mas um Peixes fraquinho, fraquinho, está no grau 0º (seja lá isso o que for), roça ali o Aquário que é uma maravilha... logo: água por todo o lado! Não precisamos ir muito longe para entender o que se passa então. Isto não é fácil gerir esta coisa dos astros e então a lua em Escorpião, segundo palavras de quem sabe, sou F#$&&* e o barco pode-se afundar a qualquer altura.

Posto isto, mais umas quantas colheradas, ou chapaditas sem mãos que ontem levei, ui ... como custa ouvir certas palavras, este bicho não é fácil, idiota mesmo (não no sentido de ter muito boas ideias), vai ter de deixar de bater asas e concentrar-se, porque já levantou muita poeira e agora há que deixar acalmar a coisa, assobiar para o ar, bater a perna no chão e fingir que tudo passou!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu preciso, eu estou mesmo, mesmo a precisar!

Eu até podia ir para um SPA, uma Clínica de Desintoxicação, um Parque de Saúde Mental (vulgo Manicómio), para a praia ou para a neve, até para o céu ou para o inferno, mas o que eu quero mesmo é dançar até cair para o lado...

Camisa de Forças, duas sff para a mesa do canto!!!

Eu juro que não fico contente com a desgraça alheia, que não me contento com o mal dos outros para camuflar os meus problemas existências, que não vou beber na negatividade do meu vizinho a felicidade dos meus dias, mas canecos... não é mau entender que se tiver de ser internada, com camisa de forças e tudo, há muito boa gente por ai que virá também e ficará lá mais tempo que eu até ter alta, ai isso há!!!

[...]

eu podia ficar quieta, eu tenho todas as oportunidades de o fazer. posso cruzar os braços e esperar. eu posso fechar os olhos e desejar que o sonho bom acabe. se eu fosse da terra e não pertencesse às nuvens...eu podia.

eu podia deixar o lamento e agarrar apenas o riso que está preso pela timidez do momento. podia deixar de pensar. viveria apenas e seria mais fácil, ou não. podia não empilhar tudo no mesmo monte à espera que quando o vento realmente chegar tudo se desmorone, castelo de cartas.

a minha estupidez tolda-me os pensamentos e agarro-me a tudo à minha volta escorregando-me muitas vezes as mãos. a puta das reticências não sai do meu discurso e eu já disse que quero vírgulas e pontos finais. depois leio-me e apago-me, digo e contradigo. na minha vida não devia haver computadores e deletes, queria as canetas de tinta permanente, as que me borram as mãos pela minha pouca habilidade enquanto canhota, ou mesmo pela minha incapacidade motora, desajeitada mesmo, nem SMS, mas a voz trémula horas a fio, nem mails, nem o diabo dessas tecnologias todas que me vieram tornar menos definida.

agora vou ali ver se esta semana passa e eu a apanho, que isto de andar a ver passar navios começa a ser permanente. o "vou andando" tem de andar mesmo e a minha filha precisa que lhe mude a fralda.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Venha o vento, a chuva e a correnteza, um tumulto, manifestação, o touro enraivecido, que gritem as vozes e caiam os misseis, estamos a construir um bunker, vivemos nele, quando tudo passar saímos e o mundo aí será nosso.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Para Viver um Grande Amor

Acho bonito receber textos dos meus amigos, ontem recebi este video com palavras do grande Vinicius de Morais. Vamos beber as palavras de outros, para gritar as nossas. Obrigada!


"Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.


Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

Conheça a vida e a obra do autor em "Biografias"."


Enquanto as palavras não voltam...

...ficam as músicas:

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É preciso saber viver!

Podia escrever sobre tanta coisa... a festa de fim de ano do G. e sentir-me feliz por a minha filha ter um "irmão" mais velho que lhe dá a mão e enche-a de beijos doces, o meu sábado na Ericeira junto da minha irmã que nunca muda e me faz sentir especial, a minha princesa que cresce a olhos vistos e já não há mundo sem ela, a minha sesta ao final da tarde de domingo no sofá dos meus pais, o quanto chorei a ver a Anatomia de Grey, o domingo que de repente deixou de ter o peso dos domingos e me fez acordar leve. Podia desenvolver todos estes pontos de forma exaustiva à procura do peso da felicidade que trazem aos meus dias, dissecando o que vai cá dentro. Podia, mas vou apenas vivê-los.

Mimo é bom e eu gosto tanto.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Acho que não sou bipolar!

Eu não sou bipolar. Às vezes roço ali um bocadinho o limiar, mas não sou! Conta-se para aí que na mesma noite consegui alterar o meu estado humor umas 15 vezes seguidas entre estou muito feliz, estou muito triste...mas isso era porque tinha motivos e como não consigo estar no meio-termo deu-me para isso [o contexto também ajudou].

Conclusão, as minhas alterações repentinas de humor têm justificações palpáveis, não nascem do nada. Também ajuda o facto de ser muito gaja. Eu não sou bipolar, mas hoje estava toda contente, agora estou toda triste. Mas há um motivo, por isso eu não sou bipolar.

Quero dançar outra vez...

e um barquinho a deslizar no macio azul do mar...

...eu era uma menina feliz se com um grupo de amigos rumasse por aí, perdida num profundo azul qualquer, num lugar onde só cabem sorrisos e histórias felizes, Muralhando muito, ou mesmo Lambruscando, ou qualquer coisa que refresque os corpos, mergulhos, livros e cadernos, cozinhados e coisas mais, partilhando e vivendo muito!

(as imagens da viagem de barco que o meu irmão fez têm-me provocando um sentimento de querer navegar...)


quinta-feira, 17 de junho de 2010

assim num turbilhão de palavras que não se entende nada

queria dizer qualquer coisa de um modo assim pró bem bonito, que fossem as palavras certas, respeitando e dando o devido brilho ao momento. gostava de ter a capacidade de demonstrar tudo o que sinto agora relativamente a esse mesmo assunto que só tu sabes. queria dizer-te que estou nessa jornada até ao fim, para sempre. que não seja uma ilusão. estou feliz pelas tuas palavras e pelos nossos abraços. a música de ontem ganhou outro sentido na minha vida e será sempre lembrada como a música daquele dia. dançar sabe sempre bem. que este seja apenas o primeiro texto de muitos. adoro a nossa história. ainda dizem que não há histórias de amor. a minha cabeça está feita numa melancia vá-se lá entender porquê. eu sorrio muito e que seja rápido para a semana. a Maria Rita não me deixa pensar porque quer brincar. então deixo-te o grande Vinicius de Moraes.


"Tenho amigos que não sabem o
quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes
devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais
nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela
se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria
se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências ....
A alguns deles não procuro, basta-me
saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir
em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com
assiduidade, não posso lhes dizer o
quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão ouvindo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta
que os adoro, embora não declare e
não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem
noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis
ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte
do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.

Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de
lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome
e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinicius de Moraes


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dancemos no Mundo

Eu podia escrever as minhas palavras, mas neste momento há coisas melhores, vou ouvir e cantar...

"(...) eu só queria dançar contigo, sem corpo visível.
Dançar como amigo, se fosse possível.
Dois pares de sapatos levantando o pó.
Dançar como amigo só."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eu quero é...

...passear pelos Bairros de Lisboa, respirar a atmosfera que se vive por estes dias, comer sardinha assada no pão e salada de pimentos, beber copos de sangria e brindar com amigos, rir até doer a barriga, ouvir fado, cantar, dançar, receber um manjerico, não atirar com o manjerico na cabeça de ninguém. Eu quero que o Santo António não passe, por que depois...assentam-se arraiais por esta cabeça!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

São Pedro, São Pedro!

Ouve lá! tu não te mancas? Lálálá, Santos Populares, bailaricos, sardinhadas, gente feliz, amigos a comemorar a vida, balões coloridos, essas cenas todas....e tu pões-te de telha? A sério, não há paciência! Ainda dizem das gajas, mas tu este ano parece que estás em TPM permanente. Até eu já me deixei dessas merdas. Olha, vai ao psi, pode ser que te ajude. Ou então fala com ELE, para muitos resulta...e tu já que tens cunha.

Já sei que a asneira está feita e agora temos de pagar pelo teu mau humor, ter um Santo António bem regado e não só de sangria...bem, não sei o que o tipo te fez, mas vocês são amigos há tantos anos, esquece lá isso. Se te roubou a namorada, é normal né!?! O homem é o rei dos casórios, tem sempre essa na manga, chico esperto! A estatística está a vosso favor, somos 7 para um de vós, por isso deixa lá que qualquer dia te embrulhas com outra qualquer. Vá, agora deixemos-nos de conversas e pensa lá melhor nisso. Chuvinha, vai, vai, vai lá bem prá longe....sim?

P.S. Carlo Paião um visionário...qual viva São Pedro! o gajo dá-nos um tempo de #$%&% para os Santos...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Proibido

Lista de prioridades a ser alterada. Sinais de trânsito emocional em revisão. Sugere-se que haja "aulas de condução". Proibido, obrigatório, esquerda, direita, rotunda, PERIGO, perca de prioridade, cuidado com o burro, atenção... quero dormir, derrube-se o sinal de proibido parar ou estacionar, que seja obrigatório ir por ali...

...pela "Rua do Recolhimento".

Leio-te

"E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter. Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água do rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito: na verdade destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos. (…)
Porque nada é mais íntimo e mais indestrutível do que o silêncio partilhado. Tudo o resto são apenas palavras, sons, frases, coisas que qualquer um pode dizer. (...) Mas o silêncio fica porque nunca mente, porque é tão íntimo que não pode ser representado, é tão envolvente que não pode ser rasgado. (...) Nunca devemos amar em silêncio, nada é mais perigoso do que dividir com outrem os pensamentos vividos em silêncio. Um amor feliz precisa do turbilhão das palavras, das frases aparentemente inúteis e sem sentido, precisa de adjectivos, de elogios, do ruído das banalidades. Não há felicidade que não seja tantas vezes fútil, tantas vezes inútil."

Nunca te deixarei morrer, David Crockett
Miguel Sousa Tavares

sábado, 5 de junho de 2010

as minhas pernas cheias de cãimbras reclamam a paz de momentos assim...

Dizias-me que devia era ir dançar, que podia passar assim. As tuas palavras ontem fizeram-me tanto sentido, conheces-me bem, apesar de fazeres de conta muitas vezes que não.

E assim, numa daquelas noites em que só se saí para jantar com uma amiga, acaba-se em festa, entre conversas e risos adolescentes, músicas que transportam para um passado bom e o mundo pára lá fora. Doí-me o corpo todo, mas até parece que a nuvem levantou...

Agora vou ficar assim...parada, paradinha.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Vem cheirar comigo as caldeiras"

Há amores assim, que duram no tempo, amores tranquilos, sem pressa, sem medos, sem arrependimentos. Há pessoas que ainda são assim, que conseguem mesmo à distância estarem sempre ao nosso lado, com pequenas grandes palavras. Há gente simples, descomplicada, que sabe fazer um carinho, fazer-nos acreditar que tudo passa, que sabe "puxar as orelhas" sem nos magoar as entranhas, que sabem que no fundo do fundo o que importa é estarmos aqui e sermos nós. Há pessoas que não julgam.

Há dias assim, em que se acorda e só nos apetece continuar com os olhos fechados, que deixe de ser rápido hoje e que venha o amanhã. Mas depois, quando menos se espera, olhamos e não estamos [realmente] sozinhos.

Hoje encheste-me o dia de lágrimas, das boas e das más, mas encheste-me o dia! Deixaste-me uma vontade enorme de partir, de estar no meu "ninho", no aconchego de braços amigos. Foram breves as tuas palavras, como sempre aliás, mas tão cheias do que realmente só uma pessoa como tu pode ser.

Amo-te muito afilhada/madrinha.

Toma lá a tua música do Karaoke ;)



"Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos"

...hoje recebi este texto pela manhã, obrigada :)

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
Fernando Pessoa

quarta-feira, 2 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

STAND BY MODE

domingo, 30 de maio de 2010

10 meses...

...e há sentimentos que já não cabem nas palavras.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Se cuidas de mim...

Sono

Tenho sono, há noites que os sonhos e pesadelos ocupam-me, roubando-me o descanso. Ontem pesa-me no corpo, assalta-me a fluidez de movimentos. As olheiras chegam-me ao queixo e eu não as vou esconder, fazem parte de mim hoje.

Gosto de dormir sozinha, detesto quando trago todos os fantasmas para a cama comigo. O gato mia há uma semana, a lua ontem estava cheia. Eu estava vazia. Só quero dormir e um abraço, um embalo e ouvir que amanhã tudo passa...


hoje tive 14 anos. breves minutos, os suficientes para me encher a alma de saltos, pouca preocupação, sem dores, sem sabores, os que bastam para entender que já não tenho 14 anos e está na altura de me fazer à estrada.

hoje tive 31 anos, num ápice, as pernas doem-me, o coração está apertado de resoluções, a soltura da minha adolescência transformou-se em mim. já não tenho sorrisos fáceis. dos que se repetem sem nexo. descontinuadamente. cerrei.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ruínas

Já tenho carta de condução. Ontem as curvas foram todas minhas. Voltei atrás no tempo e percorri o caminho da minha adolescência. As mesmas curvas, os mesmos traços, o mesmo caminho. Passei no adro da igreja dos inúmeros arraiais, revi memórias, os sorrisos a descobrir o mundo. A S. tinha um dos sorrisos mais bonitos que já vi, mas já lhe roubavam a inocência aos poucos. Eu só queria ficar ali a ser mimada, bem me parecia que já estava a adivinhar que isto cá fora não é assim tão bom.

Passei metade da minha vida a querer ser grande, passarei a outra metade a querer ser pequena outra vez.

Virei para o meu "castelo", como sonhei ser feliz nele, a minha casa de sonho, abandonada, sempre, com mistérios, cada vez mais embrulhada entre silvas e heras, a ruir, com histórias, com fantasmas. A minha casa de sonho é um castelo em ruínas.

Depois perdi-me, guiei sem destino, andei por estradas que confesso que ainda não entendi quantos sentidos tinham, senti um frio na barriga pela sensação de estar sem norte, por campos de alfazema e margaridas, pinhais, rebanhos, pastores a ouvir rádio pelo telemóvel e voltei a mim. Tu acordaste e tivemos de voltar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

De pedra e cal

A flores que me deste, no dia em que me vieste lamber as feridas, hoje morreram. Mudei-lhes a água todos os dias. Limpei o jarro. Cuidadosamente, todos os dias. Dei-lhes sol, dei-lhes sombra. Começaram a ir-se embora uma a uma. Eram já só três. Como nós. Gosto de flores. Queria que tivessem sobrevivido para sempre. Entendi que quero flores no meu jardim. Flores com raízes de verdade. Essas não as irei colher. Quero vê-las crescer. Quero vê-las morrer. Mas sempre com raíz. De pedra e cal.