quinta-feira, 1 de julho de 2010

Não danço o Tango

O soalho de carvalho escuro está marcado pelos gestos que se repetiram noites e noites a fio. Os copos vazios e o cheiro a pavio queimado anunciam o fim do entrelaçar dos corpos. Os cinzeiros que não despejo trazem em si os beijos que quiseram ser roubados. E o som repete-se no gira-discos riscado lembrando-nos das viagens que nunca fizemos.

Eras a minha história mais triste de amor. Por isso, não danço o Tango.

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