Gosto de viver, de me sentir viva, de saborear as coisas da vida, viver a vida. Não quero passar por aqui e não chegar ao fim e saber que aproveitei todos os minutos da minha vida, que esta tenha o tempo que deve ter, mas não passe por ela devagar.
Nunca fui calma, não tenho pretensões de o ser, sou como sou, enérgica, eléctrica, cheia de pulsações por minuto, batimentos ao rubro, de forma desenfreada. Deixo muitas vezes o tempo passar, gosto de não fazer nada, aproveitar o não fazer nada, depois correr atrás de tudo e nada, cheia de vida. E pulsar, pulsar, bater, bater, viver, viver.
Quero dizer a todos os que amo, que os amo. Quero atropelar as palavras e dizer tudo, dizer nada. Quero sentir o quanto sou querida, ou pouco querida, quero sentir.
Rodeada sempre da família, dos amigos, dos amigos-família, dos conhecidos e do Mundo. Quero viajar e conhecer o Mundo, as cores, as raças, os cheiros, os sabores, a VIDA!
Quero estar onde tenho de estar, onde não devo estar, passar por aí e por ali, saber que sou vista e passar despercebida.
Não quero atingir grandes feitos, quero ser reconhecida também pelos meus defeitos, quero ser.
Quero festejar, atirar foguetes pelo ar, vibrar, sorrir e gritar, fazer os outros sentirem-se melhor, aconchegar, abraçar, acarinhar, bem tratar.
Hoje quero que vivas e dizer-te que a vida nunca passa, a vida fica, a vida de quem viveu e fez pulsar, soube lutar, a vida de quem amamos é sempre vida em nós.
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