Nunca um Tamagotchi sobreviveu mais de 3 dias nas minhas mãos. Tive duas tartarugas que ficaram cegas porque não lhe mudava a água. Levava o meu hamster doirado dentro dos bolsos da algibeira para a escola. Pedia animais aos meus pais, com promessas que tratava deles, depois descartava-me da prestação dos cuidados dos mesmos. O meu Furby ainda durou um bocadinho, mas nunca chegou a ser tão evoluído como o da Xana (sim, nós tivémos Furbys já andavamos na Faculdade). Tive uma Chinchila, o Tomás, faleceu na varanda da minha casa dos Anjos, porque o deixei a apanhar ar (estavam 40º). Cravei uma cadela a "pilhas" à minha mãe, já Sra. do meu nariz, jovem adulta independente, lá veio a Sushi, lá foi a Sushi. Vive com os avós e é muito feliz. Tenho um gato, que lá tem resistido ao longo dos anos, porque é rijo...
Com esta demonstração do sentido de responsabilidade pelo outro, antevia-se o verdadeiro desastre na maternidade. Contudo, ao contrário do que me chegou a ser dito: "tua não devias ser mãe, porque vais ser uma má mãe" (com alguma malícia, porque às vezes as pessoas se revê nas palavras que dizem ao julgarem os outros), não me tenho revelado uma má mãe.
Tirando outro dia me ter passado a hora do banho porque estava a jogar FarmVille, a minha cria tem horários da alimentação que tem sido cumpridos (devendo-se a isso estar a engordar que nem um porquinho), fraldas mudadas a tempo e horas (sem assaduras), dormidas a regularizarem pouco a pouco, mimo Q.B., prá mãe e prá filha, brincadeiras e jogos adequados, massagens, passeios com muito protector a horas certas e para espaços ao ar livre, roupa mudada regularmente, lavadinha e passada, bem cheirosa. Tem sido estímulada, tem ouvido muita música, sempre adequada ao momento. Também lhe tenho cantado, essa parte era desnecessária, mas ela parece gostar.
Portanto, calem-se as bocas que me julgaram anteriormente. Tenho dito.
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