era só ter perguntado se ela queria dançar e seria tudo mais simples. puxando-a para os seus braços e nos abraços em modo de quem toca e foge, não fugia. aí sim se ouviria o silêncio, um começo com pés a deslizar e corpos a encontrarem-se onde há muito já se perderam. já não eram só copos vazios pelo chão, nem o nascer do sol, já nem o cheiro a tabaco entranhado nas veias. um só. assim perdiam-se pelo tempo, em movimentos que traçam caminhos, sobre beijos de vinho, enquanto encerram portas a cadeado e deitam as chaves fora. era só ter perguntado se ela queria dançar.
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