Com o marcador preto desenhei-lhe uma cruz, pedi que repetisse as linhas uma primeira vez. Perante o seu embaraço inicial ensinei-lhe o caminho, tracei-lhe uma meta de pontos tendo apenas que os unir para deles surgir a figura desejada. Acompanhada pela tensão do momento, em gestos de menina insegura, viu aparecer no papel o reflexo da sua capacidade e sorriu como quem aperta os sapatos pela primeira vez sozinha.
- Repete agora sozinha, faz uma cruz como já sabes fazer, pega no marcador e repete o gesto, agora sem pontos, sem traços, sem caminhos construídos, vais ver que tu já sabes fazê-lo!
Ela pegou no marcador, olhou-me nos olhos com ar confiante, encheu o peito de ar e, sem hesitar...desenhou um circulo.
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