sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quando for grande quero ser...[2]

Dona de Casa

Quero ter uns 4 filhos (uma já cá canta!), um cão, um gato (mais um, que este vai para velhote e tenho de assegurar o futuro). A casa pode ser aconchegante, não muito grande, para não ter muito para limpar, mas a cozinha tem de ser gigante, com uma ilha no meio, um fogão a lenha, com vista para o pinhal. Uma das paredes pode ter uma mini horta destas, um mimo. No fundo do "quintal" uma horta grande, cheia de produtos fresquinhos, que dê para manter a casa. Nada de couves, odeio couves! Não de as comer, mas do aspecto delas na horta, parece horta berma de estrada, sempre embirrei com isso, vá-se lá entender.

Continuando pela casa, de manhã cheirará a bolos acabados de fazer, pão de lenha, panquecas e compotas, chamando os miúdos e os graúdos para volta da mesa. Madeira, tudo a cheirar a madeira, os móveis, bancos corridos, mesa robusta, das que duram uma vida. Toalha branca, engomada na véspera, risos, conversas, rabugice matinal, birras, planos, reviver o passado, sumo de laranja, manteiga e leite com chocolate. Pés descalços, sempre!

Pelo correr do dia, entre as escolas e as actividades, o estudo, as brincadeiras, cozinhar muito, com eles, sozinha, para os que almoçam, para os que lancham e para todos os que jantam, na mesa, rodeados de amigos, rodeados de família. Bolachas para a ceia, em forma de estrelas para as encontrarem nos sonhos profundos. Leite quente. Um beijo de boa noite.

As tarefas repartidas, em mapa com escalas afixado no frigorífico, família grande há que aproveitar e educar. Discussões, tarefas por fazer, multas por incumprimento (porquinho de barro a encher), reformular, adequar, educar. Eu não coso e também não levo o lixo, detesto.

Livros, tem de haver um cantinho carregado de histórias, passaportes para um mundo grande. Viajar nas letras e sonhar. Puffs, muitos, para ler, para dormitar, para descansar, uma rede, duas, uma grande para dois. Baloiço na árvore, relvado para correrias, cão à solta, rebolar, sujar e pés descalços...Noite de filmes, pipocas. gomas e chocolates, dentes estragados e rebuçados. Pic-nic´s no Verão, manta aos quadrados, cesto de vime, sumos de fruta, melancia e saladas, adoramos saladas.

Cheia, casa cheia, de amigos, nossos, dos filhos, amigos de amigos, porta aberta. Vinho, sempre o vinho. Conversas e riso, amizade, dar, receber. Partilhar o que é nosso. Viver a casa, viver a família, viver a vida. Cantar, música, muita, cantar. Um sino, quero um sino grande. Para tocar para vos chamar, podem vir para a mesa!

Pedra e madeira, quero uma casa feita de amor, desenhada por um arquitecto que cá conheço, mas com ideias nossas. Traves de madeira, pedra, plana, sem sotão, sem arrecadação, onde o passado, o presente e o futuro se arrumam num só piso. Com vários planos, com espaço de privacidade, mas com muitos de partilha, espaços nossos, de todos.

Quero ser dona de casa e dona da casa. Ser mãe a tempo inteiro, por inteiro. Ter tempo para amar, para dar, para ser.

Assim ia ser feliz.




4 comentários:

Filipa M. disse...

Eu juro que não te entendo...

Então estar sempre em casa com uma criança não é cansativo? Não preferias estar a trabalhar?

Likas disse...

Minha querida Filipa, é muito cansativo, mas compensador. Como é óbvio, nesta hipótese de "Quando for grande quero ser...", que como sublinho: HIPÓTESE, vou ter umas ajudinha(s) extras :)

Dona de Casa, Dona da Casa, Mãe a tempo inteiro, com colaboradores :P

melro disse...

epá, assim vistas as coisas é bem aliciante e até a mim me dá vontade! :)

Likas disse...

dá não dá!